Dentro de pouco tempo, o Brasil vai conhecer o maior drone em capacidade de aspersão comercial no país. É o P150, lançamento da Case IH programado para a Agrishow. Conhecida por ser uma das feiras referência em lançamentos e novas tecnologias para o Agro brasileiro, o evento foi escolhido pela empresa para apresentação dessa novidade que será vendida com duas capacidades de tanques: uma de 30 litros e a outra de 70 litros, classificando o modelo como o maior desse tipo no país.
Outra característica dele é a possibilidade de acoplar um dispensador de sólidos. Com isso, além de servir como pulverizador, ele também pode fazer fertilização com insumos sólidos ou até mesmo fazer a dispersão de sementes, com bom uso em formação de pastagens, por exemplo.
O gerente comercial de novos negócios de P&S da CNH — empresa controladora da Case IH — Felipe Oliveros, explica que o uso do drone pode solucionar alguns problemas do campo. Um deles é quando não há disponibilidade de usar o pulverizador autopropelido devido às condições de solo.
“Em terrenos encharcados onde a janela de aplicação é muito apertada, a ideia é que o drone tenha a capacidade de solucionar esses problemas. Também é indicado em topografias difíceis. Em terrenos mais acidentados, a eficiência das máquinas tende a ser um pouco menor devido à quantidade de manobras, potência e consumo de diesel. O drone tem uma inteligência artificial que permite acompanhar o terreno e reduz também a complexidade dessas aplicações”, comenta o gerente.
Autonomia de voo
Oliveros também dá detalhes sobre como funciona o processo de aplicação de forma autônoma. Cada drone com tanque de 70 litros funciona à base de duas baterias com autonomia de voo entre oito e 12 minutos, a depender das condições do dia, como velocidade do vento, por exemplo.
Quanto à altura, a recomendação é que esteja entre cinco e dez metros, mantendo uma faixa de aplicação de 20 metros. “Isso serve para manter o padrão de gota uniforme e não ter nenhum tipo de prejuízo na hora de fazer uma aplicação”, complementa. Com esse tempo de voo e nessa altura, o drone pode pulverizar cerca de três a cinco hectares.
Além do drone e das baterias, o pacote irá contar com um gerador a diesel para fazer a recarga das baterias. Em média, cada bateria é recarregada em 15 minutos. A ideia é que seja uma operação cíclica. “O nosso pacote básico, para o drone maior, vem com seis baterias. Acabou a bateria, ele pousa. Ele é programado para pousar de forma automática. Troca a bateria e continua. Na operação normal, o produtor coloca as baterias usadas no gerador para carregar, para funcionar como uma operação circular”, exemplifica o gerente.
Segundo Oliveros, o drone e os equipamentos auxiliares devem custar entre R$ 200 mil e R$ 270 mil, dependendo dos acessórios que o produtor optar. O projeto prevê testes piloto em fevereiro, um lançamento limitado nas semanas seguintes e disponibilidade comercial a partir da Agrishow 2025. Neste ano, a feira acontece de 28 de abril a 02 de maio em Ribeirão Preto.
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