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Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025
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EM SUPOSTO ATAQUE INÉDITO, COMBOIO COM AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DO ICMBIO NÃO PRESTA SOCORRO NEM INDENIZA PROFESSOR

NÁUFRAGO QUE PERDEU TUDO DURANTE ABORDAGEM CONSIDERADA CRIMINOSA

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Por TUDO AMAZÔNIA
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EM SUPOSTO ATAQUE INÉDITO, COMBOIO COM AGENTES DE FISCALIZAÇÃO DO ICMBIO NÃO PRESTA SOCORRO NEM INDENIZA PROFESSOR
Fiscalização ou diversão dentro das RESEX ITuxi e Médio Rio Purus? Eis a questão.
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MANAUS (AM) – Com dificuldades de chegar à escola para trabalhar numa comunidade da Reserva Extrativista Médio Rio Purus (RESEX MPR), no município de Lábrea, a 702 quilômetros da Capital Manaus, um professor foi vítima de naufrágio depois de uma manobra brusca atribuída a agentes de fiscalização da Unidade Avançada do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A vítima retornava de uma oficina de estudos e treinamentos pedagógicos realizada pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) pilotando uma rabeta usada no transporte para o trabalho diário. Um comboio de agentes fortemente armados do ICMBIO, sediado na cidade de Lábrea, interceptou e fez naufragar uma embarcação de porte leve nas águas profundas do Médio Rio Purus.

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Os disseram à vítima que desconfiaram da velocidade impressa na embarcação, “deram meia-volta, com impulsão do comboio alagaram a canoa do professor, que transportava apenas material da escola, objetos pessoais e equipamentos de trabalho dentro da pequena embarcação que pilotava ao cruzar pelo comboio de grande porte do ICMBio.  

Testemunhas disseram à reportagem que a equipe sob o comando da empregada pública destacada na Unidade do ICMBIO, Vanderleide Ferreira de Souza,  na tentativa de abordagem, “fez uma manobra brusca pela frente e lateral do suposto alvo criminoso, resultando num incidente trágico que quase matou o professor afogado”.

No naufrágio, as testemunhas relataram que a vítima perdeu o aparelho celular, objetos pessoais, documentos, material didático, o motor e o casco da rabeta além do notebook usado para ministrar aulas ter sido danificado durante o naufrágio provocado pelo comboio do ICMBio ocorrido nas cercanias da comunidade ribeirinha Nova Morada.

Pescador artesanal leva denúncias de atos arbitrários atribuídos ao ICMBIO

De acordo com informações, Vandelerdei Ferreira de Souza, em nome da gestão da Unidade Avançada do ICMBio  “deu garantias legais de que os prejuízos sofridos pelo professor da SEMED seriam ressarcidos durante o retorno à Base do órgão, na cidade de Lábrea.  Mas não foi isso o que aconteceu, informaram testemunhas.

Durante a abordagem considerada “mais um ato arbitrário nos rios da região Umari, Paciá, Ituxi e Médio Purus, a vítima entrou em desespero e chegou a questionar os agentes pela abordagem suspeita. Na dor sofrida e em pleno desespero por ter perdido pertences e instrumentos de trabalho, foi orientada pela própria Vanderleide Ferreira de Souza, “a procurar ajuda na comunidade em que mora o professor”.- Dê o seu jeito, teria dito à vítima. Como não bastasse essa atitude considerada irônica pelo consultor João Lemes Soares – que acompanha diversas denúncias em desfavor da Unidade Avançada do ICMBio, em Lábrea – a vítima relatou a pessoas na localidade e na cidade, que um policial atribuiu a motivação pelo grave incidente ao professor. Segundo o policial, “a velocidade que vinha, o professor deu a impressão que se tratava de um fugitivo”. Na região,   é comum moradores imprimirem velocidade em embarcações leves e rápida a fim de chegar ao destino programado. Nesse caso, o professor tinha pressa de chegar à escola onde leciona e trabalha.

 Moradores da RESEX Ituxi denúncia farra em lanchas do ICMBIO após operações contra moradores, ribeirinhos e pescadores artesanais. MPF será informado, alertam extrativistas.

Esse novo caso, segundo lideranças extrativistas das RESEX (Ituxi, Médio Rio Purus, Mapinguari e Balata), “irá compor a ajuntada em um novo dossiê destinado aos ministérios Público Federal, da Justiça, do Meio Ambiente e Controle do Clima”. Atualmente, quem mais tem recebido criticas pela forma de atuar durante as operações do órgão e em possível desvio de conduta,  “é a empregada pública Vanderleide Ferreira de Souza e policiais militares convocados por ela”, acrescentaram.

 FOGE DA IMPRENSA – A servidora lotada na Unidade Avançada do ICMbio, no município de Lábrea, sempre que é procurada foge da imprensa. Ao longo de cinco anos tem resistido apresentar a própria versão sobre os fatos que a envolveriam em supostos atos arbitrários diante da avalanche de supostas denúncias e supostos desmandos a seu desfavor.

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Vanderleide Ferreira de Souza, é ainda acusada da suposta venda da sede-base do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) com jurisdição para o Médio Purus, em Lábrea. O imóvel foi adquirido de uma ex-vereadora. Por inércia de gestão, “misteriosamente, o imóvel está disponível para venda pela antiga proprietária em prejuízo do patrimônio seringueiro e dos Soldados da Borracha”, denunciam remanescentes locais.  

TRISTE HISTÓRICO - O rol de acusações aparentes em desfavor da servidora federal não paira por aí. Sobre o assunto, a gerência atual do ICMBio, segundo informações vazadas por ex-membros do Corpo de Voluntários Ambientais demitidos por Vanderleide de Souza enquanto Chefa da Unidade do órgão, “os casos são dignos de Ação Civil Pública além de uma profunda investigação por parte da Polícia Federal”.

Segundo apontaram, “as compensações da venda de madeira e manejos do Pirarucu ainda não foram investigadas profundamente pelas autoridades federais”, acrescentaram fontes familiarizadas com o rol de policiais e voluntários comandados por Vanderleide Ferreira de Souza. Ela costuma apreender apetrechos de pesca artesanal em varais, armas, munições e alimentos pré-cozidos para consumo dos moradores que se deslocam para a cidade.

Pescadores denunciam apreensão de redes em varias operações abusivas. "Não há como sobreviver nas RESEX", dizem extrativistas.

De acordo com relatos repassados por ex-servidores da Unidade do ICMbio, no caso das armas e munições apreendidas, raramente, esses equipamentos seriam entregues às autoridades policiais como peças de Inquéritos na Delegacia Interativa de Polícia do município de Lábrea. A maioria teria destino ignorado, com os supostos infratores considerados como estando “em lugar incerto e não sabido”.

Durante as operações, algumas das ações não teriam Ordem de Serviço expedida, oficialmente,  pela Coordenadoria Regional (CR2), com sede em Manaus, “Ela própria chega chegando, aponta armamento pesado na cara das pessoas, ameaça prender e algemar as vítimas no fundo das canoas, joga alimentos nos rios, apreende  armas e munições de caça comum”.

O que se sabe sobre os manejos madeireiros e de pescado de espécies nobres nas RESEX Ituxi e Médio Rio Purus, é que ainda não foram fiscalizados pelo ICMBio e o IBAMA-AM – o órgão é o responsável por autorizar e renovação dos projetos , como na RDS do município de BERURI, localizado no  Baixo Rio Purus - “é que, também, os moradores são tratados como voluntários e não recebem salários acordados por Associações assistidas pela Unidade do ICMBio”, denunciam moradores.

  • Anualmente, grande leva de serradores de madeira e trabalhadores de fora da região é contratada por ONGs e ao final das extrações de madeira e das capturas das espécies, “são mandados embora sem receber os direitos trabalhistas”, informa o consultor ouvido pela Reportagem.

 

FONTE/CRÉDITOS: XICO NERY - NBONEWS
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HENRIQUE FERRAZ

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